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ANSI/ISA 18.2 – Conheça as 10 etapas do Ciclo de Vida do Gerenciamento de Alarmes

Da concepção até a auditoria, entender o ciclo de vida do gerenciamento de alarmes é ter garantido a sua eficiência. Será que seu gerenciamento de alarmes está adequado?

Antes de tudo, para entendermos como as 10 etapas do ciclo de vida do gerenciamento de alarmes, definidos pela ISA 18.2, podem impactar na sua indústria, precisamos ter assegurado dois conceitos: O que é a ANSI/ISA 18.2 e o que é um ciclo de vida.

Começando pelo básico. Pode-se definir ciclo de vida como o conjunto de transformações que um indivíduo pode passar para assegurar a continuidade da sua espécie.

Do mesmo modo, para o mundo do gerenciamento de alarmes, o ciclo de vida pode ser entendido como etapas necessárias para poder desenvolver, implementar e garantir a continuidade de um sistema de alarmes.

Conceitos entendidos, vamos conhecer a norma ANSI/ISA 18.2.

 

O que é a norma ANSI/ISA 18.2?

Anteriormente em nosso blog postamos um conteúdo sobre a EEMUA 191. De maneira semelhante, a ISA 18.2 é uma norma que busca otimizar a gestão de alarmes e tornar ela mais simples, eficiente e aplicável para todos.

Assim, não é incomum ver essas duas normas juntas, utiliza-se a ISA 18.2 principalmente para definição de metodologias e layout de implementação e manutenção para garantir o bom funcionamento do sistema.

Afinal, sistemas de alarmes não-funcionais são frequentemente apontados como causa de acidentes e paradas não programadas.

A principal entrega da norma ANSI/ISA 18.2 talvez seja o Ciclo de Vida do Gerenciamento de Alarmes. Em síntese, o ciclo de vida aponta os estágios tanto para a instalação, quanto para otimização do gerenciamento de sistemas de alarmes.

É justamente sobre ele que iremos falar agora.

 

Ciclo de Vida do Gerenciamento de Alarmes

Agora, acreditamos que tenham ficado claros os objetivos da ISA 18.2 e o que é ciclo de vida. Assim, podemos abordar o objetivo principal desse conteúdo, as 10 etapas do ciclo de vida do gerenciamento de alarmes.

 

Ciclo de Vida do Gerenciamento de Alarmes

Ciclo de Vida do Gerenciamento de Alarmes

Filosofia

Antes de tudo, é preciso entender que na gestão de alarmes a filosofia tem um sentido mais “concreto”.

Afinal, sendo a primeira etapa do ciclo de vida, ela irá definir princípios e responsabilidades de todos os estágios a seguir nesse conteúdo.

De maneira especial em etapas como a identificação do alarme, racionalização, monitoramento, gestão de mudanças e auditoria.

Além disso, um documento contendo a filosofia de alarmes é essencial e pode atuar melhorando pontos como a resposta eficaz do operador e elaboração de manuais de gerenciamento de riscos. Além disso, irá apoiar todas as etapas subsequentes.

Posteriormente, a norma define conteúdos obrigatórios e recomendados, tais como: Treinamento, Manutenção, Histórico de alarmes, entre outras coisas.

Ao longo de todo o texto voltaremos para essa etapa como nosso guia. Sendo essa é uma das partes mais importantes do ciclo de vida de um sistema de gerenciamento de alarmes.

Importante ressaltar que mais informações sobre essa e demais etapas poderão ser encontradas no conteúdo que será deixado ao final desse texto, caso você queria se aprofundar mais ainda nessa norma.

 

Identificação

Nessa etapa, utilizam-se métodos variados para identificação da necessidade de um alarme (em caso de implementação) ou de uma mudança caso já exista e não esteja em conformidade com a filosofia.

Nessa etapa são geradas listas de alarmes a serem monitorados ao longo do processo.

A ISA 18.2 não recomenda nenhum método em específico, porém, aconselha o uso de boas práticas de engenharia para essa identificação.

Métodos como o HAZOP e o APPCC podem servir para auxiliar nessa tarefa inicial.

Essa etapa será onde nosso processo receberá seus primeiros Inputs e todas as informações deverão ser coletadas para as etapas seguintes onde classificaremos eles.

 

Racionalização

A racionalização é o processo no qual os alarmes em potencial (da etapa anterior) e os que podem já existir na planta serão submetidos aos critérios da filosofia de alarmes.

Caso eles se enquadrem nos critérios do documento da filosofia, eles terão seu setpoint (ponto de controle)  e deadband (banda morta) ajustado/definido e documentados, assim como o processo de atendimento daquele alarme.

Ou seja, o que o operador deve fazer quando acontecer um evento monitorado. Essas informações são imprescindíveis para fase do projeto em si, por isso, atenção para documentar tudo!

Dessa forma, devem ser documentados características como:

  • Tipo de alarme;
  • Setpoint;
  • Prioridade;
  • Classificação;
  • Revisão da racionalização.

Essas são apenas sugestões da norma, a necessidade ou não de mais tópicos deverá ser levantada durante essa etapa pela equipe técnica responsável.

 

Projeto detalhado

Agora que definimos a filosofia e passamos os alarmes levantados pela racionalização, precisamos, enfim, definir o projeto do nosso sistema de alarmes.

Atentando para que se adeque as características e delimitações levantadas nas etapas anteriores.

Essa etapa pode ser definida em três subtópicos principais: Projeto Básico do Alarme; Interface Homem/Máquina para Sistemas de alarmes; Métodos Aprimorados e Avançados de Alarmes.

O primeiro subtópico aborda os estados dos alarmes, bem como seus usos e demais funções lógicas. Além disso, a norma ainda cita os tipos mais comuns de alarmes a serem utilizados. Tais como os alarmes absolutos, de desvio, de discrepância ou calculado.

Além disso, deverão ser selecionados os atributos para cada alarme que foi racionalizado com base no parecer técnico da equipe, tais como setpoint e deadband.

Dessa forma, pode-se minimizar o número de alarmes que causam incômodos, e são gerados durante a produção.

Do mesmo modo a interface homem/máquina, se preocupa em descrever a melhor maneira para indicar cada alarmes para o operador. Seja demonstrando sinais sonoros, visuais, entre outros.

Importante especificar que há um outro padrão ISA específico para HM’s, mais completo nessa interface que a sessão presente na 18.2.

Por fim, a etapa de projeto encerra com os métodos de alarmes avançados.

Essa etapa, consiste em orientações para implementação de técnicas de gerenciamento adicionais, que não estão presentes em sistemas de controle e supervisão comumente.

São definidos como camadas adicionais de lógica e programação, eles fornecem informações adicionais ao operador, dessa forma orientando e guiando o mesmo para tomar ações durante condições anormais do processo.

 

Implementação

Uma vez definido as metas e o que e como fazer para a nova iteração do ciclo de vida do alarme, entramos na etapa de implementação.

Assim sendo, como o título sugere, tais metas e rotinas serão postas em prática, ajustando os pontos estipulados na etapa de projeto.

Nesse sentido, os principais tópicos que serão abordados nessa etapa serão:

  • Planejamento de implementação;
  • Treinamento para novos sistemas e modificações;
  • Testes e validação de novos sistemas e modificações;
  • Documentação de implementação.

Acima de tudo, é importante destacar que a ANSI/ISA 18.2 como um todo recorda frequentemente a importância de treinamento da equipe de operação.

De fato, um processo tão necessário quanto o sistema de gerenciamento de alarmes em si.

 

Operação

Uma vez que a implementação foi concluída, o projeto estará “rodando” e em operação com os novos ajustes. Ou seja, atualizado, pronto para sem monitorado para novas rodadas de melhorias.

A operação tem como objetivo garantir que os alarmes do seu projeto possam permanecer e voltar ao estado operacional. Estado no qual o alarme é capaz de indicar uma situação irregular ao operador.

Além disso, processos como o uso de ferramentas para manipulação de alarmes e orientações de resposta aos alarmes também são abordados nessa etapa.

Por último, na seção a norma levanta novamente a relevância de treinamentos para preparação e modernização dos operadores.

Importante ressaltar que a partir daqui com a implementação feita e a operação efetivada. Estágios de “Manutenção” e “Monitoramento e avaliação” irão ocorrer paralelamente a “Operação”. formando um ciclo interno entre elas.

 

Ciclo interno de operação

Ciclo interno de operação

 

Onde o estado do sistema irá variar entre “em operação” e “em manutenção” indo e voltando de um para o outro. Por sua vez, o monitoramento estará a todo tempo consumindo e analisando os dados gerados pela “operação”.

Vamos entender mais sobre os outros dois módulos desse ciclo interno.

 

Manutenção

Aqui são abordados os requisitos e orientações para realização de testes, substituição e reparos nos sistemas de alarmes.

São recomendados testes periódicos para avaliar o nível de funcionamento de cada alarme. Pois, por mais raro que seja a ativação de um alarme, é crucial que ele esteja funcional quando um evento acontecer.

Todas as informações do mau funcionamento do alarme devem estar disponíveis para o operador o tempo todo.

Além disso, alarmes que são afetados por equipamentos em manutenção ou com defeitos devem ser colocados fora de serviço para não interferir na malha de monitoramento.

Em seguida, são abordados os alarmes “out of service”. Alarmes que estão temporariamente fora de operação, entre outros motivos, por manutenção.

Caso um alarme fique por muito tempo nessa condição, é imprescindível avaliar a necessidade de um alarme provisório que cubra o processo supervisionado por ele.

 

Monitoramento e Avaliação

Saímos um pouco da parte operacional em si, entrando na área de supervisão do sistema, aqui serão validadas todas as etapas anteriores de acordo com a filosofia de alarmes.

Assim, essa seção irá abordar tanto um monitoramento contínuo quanto avaliações periódicas de desempenho. As métricas de desempenho deverão ser especificadas na etapa de filosofia de gerenciamento.

Assim como a maior parte das coisas, um sistema de gerenciamento de alarmes também está sujeito a deterioração. E também a ser ultrapassado por novas tecnologias.

Dessa forma, a norma deixa clara a importância dessa etapa para garantir o funcionamento eficiente do seu sistema por muito tempo.

Antes uma ação preventiva, que uma ação corretiva.

 

Gestão de mudança

Essa etapa está intimamente ligada a anterior. Num ciclo de vida mudanças são sempre desejáveis, porém, apenas mudanças que venham para melhorar e ocorram sem prejuízos.

Dessa maneira, imaginemos que, após o monitoramento e avaliação do sistema, foi necessário alterar e modernizar uma parte ou todo ele, aqui entra a gestão de mudança.

Assim, nessa etapa, será garantido que as alterações sejam autorizadas e adequadas aos critérios avaliativos descritos na filosofia de alarmes.

 

Auditoria

Enfim chegamos a última etapa do ciclo de vida do sistema de gerenciamento de alarme. A auditoria entra no ciclo como uma etapa de monitoramento mais robusta.

A auditoria irá acontecer muito menos frequentemente que um monitoramento. Ela irá analisar as práticas gerenciais e de trabalho associadas a todo o sistema de alarmes. Avaliando seu desempenho e julgando se são suficientes para manter o sistema funcional.

E por falar em desempenho. A auditoria também irá categoricamente atrás de lacunas no próprio sistema de gerenciamento de alarmes que podem não ter sido reveladas pelo monitoramento menos complexo.

E junto a filosofia de alarmes, irá auditar a execução do sistema. Caso seja necessário irá propor melhorias do sistema, ou na própria filosofia de alarmes. Recomeçando o ciclo de vida do gerenciamento de alarmes.

 

Alguma dúvida sobre o ciclo de vida do gerenciamento de alarmes?

Se você chegou até aqui é porque realmente está interessado em saber mais como um sistema de gerenciamento de alarmes pode ajudar na eficiência da sua indústria, certo?

Se você quiser saber mais sobre o assunto vou deixar duas dicas para você, a primeira é o nosso texto completo sobre a ISA 18.2.

Nele você vai encontrar mais informações, como tabelas e exemplos, sobre o ciclo de vida e sobre a norma como um todo.

A segunda dica é o nosso E-book completo sobre o gerenciamento de alarmes! Lá você irá encontra muita informação que irá te ajudar a entender melhor como começar a gerir seus alarmes.

E caso você queria contar com um sistema de gerenciamento de alarmes com todas as especificações da ANSI/ISA 18.2 e da EEMUA 191, confira o BR-AlarmExpert, e veja como um sistema de gerenciamento de alarmes impacta positivamente indústrias como a Petrobrás, entre tantas outras.

 

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Postado por contato@logiquesistemas.com.br

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